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Os credores da Oi aprovaram, em assembleia geral realizada na noite dessa 3ª feira (8.set.2020), mudanças no plano de recuperação judicial da empresa. A principal modificação do acordo que vigorava desde 2017 é a autorização para a venda de ativos.
A Oi pretende se desfazer da rede de telefonia móvel, de parte da rede de fibra ótica, das operações de TV por assinatura, torres e de data centers. O valor adquirido com a alienação dos ativos será usado para o pagamento antecipado da dívida e para sustentar investimento futuros.
Em comunicado (íntegra – 210 KB), a Oi destacou que a mudança “atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e garante a viabilidade operacional, maior flexibilidade e eficiência financeira” da empresa.
A assembleia aprovou a oferta de R$ 16,5 bilhões feita pelo consórcio formado por Vivo, Claro e TIM pela rede de telefonia móvel. A oferta foi classificada como “stalking horse”, ou seja, será a base para o leilão judicial que oficializará a venda dos ativos. Os credores aceitaram também a proposta da Piemonte Holding, de R$ 325 milhões, para a compra de 5 data centers do grupo Oi.
Com as vendas, a Oi manteria as operações de telefonia fixa e banda larga. A ideia da empresa é focar na prestação de serviços de banda larga aos consumidores e oferecer redes de 4G e 5G para outras operadoras.
A reunião, que durou quase 12 horas, foi marcada pela oposição do Itaú Unibanco, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil a pontos do acordo. Eles reclamaram do desconto de 55% a 60% no valor de seus créditos. Tentaram adiar a votação e marcar uma nova assembleia. No entanto, foram vencidos pelos sócios da Oi e outros credores da empresa. A Oi aceitou reduzir o desconto, ficando na faixa de 50% a 55%.
A Oi é a 4ª maior operadora móvel do país. Originou-se a da fusão da Brasil Telecom com a Telemar. Diante de problemas de gestão, pediu recuperação judicial em 2016 e, desde então, tenta equacionar sua situação financeira.